Artur Cascarejo vai presidir à direção da Agência de Desenvolvimento Regional

O presidente da câmara de Alijó, Artur Cascarejo, vai assumir a direção da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tua, criada na sequência da construção da Barragem de Foz Tua.

A agência é constituída pelos cinco municípios da área de influência da barragem, Alijó, Carrazeda de Ansiães, Mirandela, Murça e Vila Flor, e a EDP, que fica com a presidência da Assembleia Geral.

O autarca disse hoje à Agência Lusa que ficou decidido que os municípios vão assumir a direção do organismo de forma rotativa, pelo que Alijó é o primeiro a ocupar o cargo.

A apresentação pública dos órgãos sociais será feita até ao final de março.

A agência tem como missão gerir todos os projetos de desenvolvimento do vale do Tua.

Artur Cascarejo referiu que a Agência vai dispor de 1,5 milhões de euros, 500 mil dos quais serão atribuídos já este ano e que serão investidos no desenvolvimento deste território.

Estas verbas serão uma base que poderá alavancar outras fontes de financiamento, nomeadamente o QREN, e serão ainda, de acordo com o autarca, aplicadas na ajuda à criação do próprio emprego.

Na sequência da construção da barragem, a EDP vai aplicar ainda 10 milhões de euros no plano de mobilidade, que prevê uma solução integrada de transporte, que garanta a mobilidade quotidiana e turística como alternativa aos 16 quilómetros da linha ferroviária do Tua que, devido à construção da barragem, vão ficar submersos pela futura albufeira.

Serão também destinados 10 milhões de euros para o parque de natureza e biodiversidade.

Artur Cascarejo tem sido um defensor do empreendimento, que está a ser construído na confluência entre os concelhos de Alijó e Carrazeda de Ansiães.

Na obra trabalham atualmente cerca de 500 pessoas, muitas das quais foram contratadas localmente.

A conclusão da barragem está prevista para 2015, estimando-se um investimento de 300 milhões de euros (entre a construção da central e das respetivas infraestruturas hidráulicas).

Cascarejo lamentou a derrocada que na quinta-feira vitimou três operários que trabalhavam na construção do paredão do empreendimento, mas referiu que esta não pode servir de pretexto para por a obra em causa.

“É uma fatalidade lamentável, mas que não decorreu de uma ação de trabalho”, referiu.

(Lusa, 27-01-2012)